Solidão ou desejo do encontro?
- Paula Ramos Vilela
- 16 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 17 de mar.
A solidão tem sido tema de muitas das minhas conversas no consultório e para além dele. Vivemos em um mundo hiper conectado, mas paradoxalmente, nunca estivemos tão solitários. As redes sociais nos oferecem proximidade, mas por vezes mascaram um vazio relacional profundo. Estar só não é somente a ausência física de companhia, ela pode ser sentida mesmo em meio a amigos, familiares, colegas de trabalho. É um sentimento subjetivo, que emerge quando não nos sentimos verdadeiramente vistos, compreendido, acolhidos.
Poderíamos pensar em diversos fatores que contribuem para solidão. O ritmo acelerado da vida moderna, a cultura da produtividade extrema e a valorização da independência podem dificultar o estabelecimento de vínculos profundos e significativos.
Esse sentimento de forma prolongada pode ter efeitos devastadores sobre nossa saúde física mental. E então como suportar a solidão? O primeiro passo é escuta la. O que ela diz sobre nós? O que ela nos convida a conhecer? Dentro da análise buscamos transformar a solidão, ressignifica la, dar a ela um contorno. Voz! Pois no fundo o que desejamos não é apenas a presença do outro, mas um encontro verdadeiro - aquele que nos permite existir, sem precisar deixar de SER.

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